Por que os holandeses são os mais altos do mundo?
Uma terra de gigantes! Essa é a Holanda. Ali, homens com cerca de 20 anos têm uma altura média de 1,84 m. A dos brasileiros na mesma faixa etária é de 1,75 m.
Mas nem sempre foi assim. Uma revisão dos registros militares holandeses para um estudo publicado pela Royal Society of London, instituição destinada à promoção do conhecimento científico, descobriu que em meados do século 19, os homens na Holanda estavam entre as pessoas mais baixas da Europa.
“Em 1860, os militares holandeses tinham cerca de 1,65 m de altura”, diz a professora Louise Barrett, da Universidade de Lethbridge, no Canadá, que participou do estudo, em entrevista à BBC.
“Naquela época, os homens nos Estados Unidos eram cerca de 5 cm mais altos”, e essa diferença os tornava as pessoas mais altas do mundo.
Mas 160 anos depois, o estudo de altura e peso de 65 milhões de pessoas em 200 países publicado pela revista médica The Lancet revelou que em 2019, a altura média de jovens de 19 anos na Holanda era de 1,838 m.
Os americanos ficaram para trás, com 1,771 m em média.
A medida para mulheres holandesas da mesma idade é 1,704 m.
Em perspectiva
A altura é mais bem compreendida quando comparada. Neste estudo, a diferença entre os países com a maior e a menor altura média é de 20 cm ou mais.
Entre os mais altos e os mais baixos do mundo, há uma diferença de oito anos de crescimento para as meninas e de seis anos para os meninos. Ou seja, as meninas guatemaltecas (as mais baixas) têm aos 19 anos a mesma altura média que as meninas holandesas aos 11.
Da mesma forma, “meninos de 19 anos de 11 países da Ásia, América Latina e África Subsaariana tinham a mesma altura média que holandeses de 13 anos”.
Genética pura?
No entanto, todos nós crescemos.
“Os humanos ficaram mais altos em uma velocidade recorde nos últimos dois séculos”, diz Eirini Marouli, professora de Biologia Computacional da Universidade de Londres.
“E isso é um fato em todo o mundo. Os homens cresceram de cerca de 1,60 m para 1,70 m, as mulheres de 1,50 m para cerca de 1,60 m”, explica ela à BBC.
“Em geral, podemos dizer que o adulto médio hoje é cerca de 5% mais alto do que seus ancestrais eram há 100 anos.”
Os cientistas continuam a debater as causas desse crescimento acelerado: acredita-se que melhor nutrição, democratização da riqueza, fatores genéticos e seleção natural de homens altos tiveram um papel na mudança.
Mas na Holanda, onde houve um aumento de 20 centímetros nos últimos 200 anos, e onde mesmo os imigrantes geralmente acabam sendo mais altos do que as pessoas que permanecem em seus países de origem, parece que algo mais está acontecendo.
Há uma discordância entre especialistas. Para Marouli, trata-se de pura genética em ação.
Mas Barrett desconfia que tudo aconteceu rápido demais para a mudança ter sido provocada apenas pela genética.
“O crescimento holandês é um bom exemplo da evolução humana em ação”, diz Marouli.
Na verdade, um estudo de Barrett descobriu que os casais mais férteis na Holanda, aqueles com mais filhos, eram homens altos e mulheres de estatura média. E os casais americanos mais férteis? Mulheres de baixa estatura e homens de média estatura.
Crescendo para sempre?
Fatores ambientais também teriam influído no crescimento dos holandeses, acrescenta Barrett, citando os bons sistemas de saúde e bem-estar social e os baixos níveis de desigualdade de renda.
“[Na Holanda] tudo é voltado para a geração de bebês que não sofrem com nenhum dos problemas que reduzem a altura”, disse ele.
Outro fator que provavelmente contribui para seu crescimento é o apetite voraz por laticínios, já que “o cálcio constrói os ossos e o crescimento depende de um bom suprimento disso”, explicou Barrett.
Isso significa que eles continuarão crescendo em estatura para sempre?
“Eles podem estar atingindo o limite que os humanos conseguem alcançar”, diz Marouli.
“Temos que esperar para ver… só o tempo dirá.”
A chave
Tudo isso pode ser muito interessante, mas, além do óbvio, por que os cientistas estão tão interessados em estudar a altura das pessoas?
“A altura é um traço padrão para todos os outros traços genéticos complexos, porque é muito fácil de medir”, explica Marouli.
“Portanto, se pudéssemos dominar a genética de uma característica complexa como a altura, isso poderia nos ajudar em um plano para estudar outras doenças multifatoriais, como diabetes, doenças cardíacas e assim por diante.”
“No estudo mais recente publicado pelo consórcio GIANT (em inglês ‘gigante’, mas também a sigla para Genetic Investigation of Anthropometric Traits, ou investigação genética de características antropométricas) identificamos mais de 3 mil variações genéticas, mudanças no DNA, que afetam a altura humana. Se você tem [essas variações], sua altura pode aumentar em até 2 centímetros.”
Muitas dessas mudanças no DNA também são encontradas perto de genes que estão envolvidos na biologia óssea e no crescimento do esqueleto.
“Algumas mudanças também lançam luz sobre os processos biológicos que afetam a altura; seria mais que interessante saber como passamos de bebês a adultos com o aumento da altura. Essa é uma das questões complexas que ainda não respondemos totalmente.”
“E a identificação de um gene que determina, por exemplo, fatores de crescimento no sangue pode render muitos novos insights sobre estratégias terapêuticas para tratar a deficiência de crescimento — que afeta de 3 a 5% da população — e sobre tratamentos para outras doenças comuns. É por isso que é tão importante.”
FONTE (texto e imagens): www.bbc.com
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